Biden agradece aos envolvidos na retirada de cidadãos do Afeganistão

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, agradeceu nesta terça-feira (31) aos comandantes e demais militares que ajudaram a retirar mais de 124 mil pessoas de Cabul, no Afeganistão. Ele estendeu os agradecimentos a veteranos e voluntários.
“Nenhum outro país fez algo parecido antes”, disse Biden.
Na segunda-feira, com a partida dos últimos voos do aeroporto internacional de Cabul, teve fim a mais longa ocupação da história americana.
Dentro do prazo
Em um comunicado logo após o encerramento, o presidente já havia dito que “foi a recomendação unânime dos chefes conjuntos e de todos os nossos comandantes em solo encerrar nossa missão de transporte aéreo conforme planejado”.
“Em abril, tomei a decisão de encerrar a decisão de encerrar esta guerra. Na época, acreditamos que as forças afegãs teriam a capacidade de controlar o país, mas isso não se confirmou”, lembrou Biden.
A retirada de cidadãos norte-americanos e aliados foi concluída exatamente dentro do prazo acordado com o Talibã, de 31 de agosto (pelo fuso horário do Afeganistão).
Biden manteve o compromisso apesar do pedido de outros países para que fosse solicitada uma prorrogação, na tentativa de retirar mais pessoas de Cabul.
O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, disse, porém, na segunda-feira, que, caso os americanos que permaneceram no Afeganistão mudem de ideia de decidam sair, ainda assim terão ajuda.
“A proteção dos americanos no exterior continua sendo a missão mais vital e duradoura do departamento”, afirmou.
O Talibã, que voltou ao poder em 15 de agosto, tomou o controle do aeroporto, que estava sob comando dos EUA desde a queda do governo afegão para os extremistas. Em uma rede social, um porta-voz do grupo anunciou o fim da ocupação e celebrou o que chamou de “independência”.
Segundo o Pentágono, mais de 120 mil americanos foram retirados do Afeganistão nas últimas duas semanas. Cerca de 500 cidadãos teriam optado por se manter no país. Blinken estima que seriam menos, de 150 a 200, mas diz que é difícil precisar o número, por haver muitas pessoas com dupla cidadania.
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Fonte: G1 Mundo