Filipe Ret define operação contra ele como ‘invasiva e constrangedora’ mas diz que policiais foram ‘100% profissionais’

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Músico foi alvo de buscas na última terça (19) em uma operação da Polícia Civil que investiga uma suposta distribuição de cigarros de maconha. O rapper Filipe Ret foi alvo de operação policial nesta terça (19), no Rio de Janeiro
José Lucena/TheNews2/Estadão Conteúdo
O rapper Filipe Ret destacou em uma postagem nas redes sociais, na última quarta-feira (20), que já sofreu ‘covardia policial’, mas, no caso da operação da Polícia Civil por porte de drogas da qual foi alvo, os agentes que o abordaram foram profissionais.
“Já sofri muita covardia policial (estando errado e estando certo). Covardes existem em qualquer profissão. Mas, se tratando da minha operação em específico, mesmo que ela tenha sido invasiva e constrangedora, os policiais foram 100% profissionais”, afirmou o músico.
A operação da Polícia Civil investiga uma suposta distribuição de cigarros de maconha em uma festa em uma casa de shows da Zona Sul do Rio. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao músico.
Na mesma mensagem, Filipe Ret destacou que respeita a visão de mundo de pessoas que pensam de forma diferente da dele.
“Sou um artista (que sofre pressões, dificuldades e desgastes como em qualquer outra profissão) de mentalidade e visão de mundo libertárias. Meu maior privilégio foi ter uma educação libertadora e aprender a respeitar quem pensa diferente de mim”, disse Ret.
Filipe Ret é investigado por suposta distribuição de maconha em festa
No dia da ação, a polícia também destacou que Filipe Ret não reagiu quando foi abordado em um resort em Angra dos Reis.
Segundo o delegado-adjunto Rodrigo Coelho, Ret “ficou surpreso”, mas “se comportou de forma urbana” ao receber policiais no resort em Angra dos Reis onde estava hospedado. Na delegacia, ele se reservou ao direito de ficar calado.
Uma pequena quantidade de drogas foi apreendida na terça. “Pelo que foi arrecadado, não caracteriza tráfico. É autuado por consumo de drogas para uso pessoal”, explicou o delegado.
Por fim, Filipe ressaltou que pode discordar da visão de mundo de outras pessoas, mas que vai lutar pela possibilidade de que ele e os outros possam defendê-las.
“Mesmo que minha ideologia seja frontalmente contra a natureza da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes), eu vi todos os policiais (incluindo mulheres) seguindo seus propósitos assim como eu sigo o meu (por mais provocativo que ele possa parecer as vezes)”, afirmou Ret.
Em outra mensagem, publicada no dia da operação, ele afirmou que nada do que faz é motivo de prisão.
“Obrigado por todas as mensagens de carinho e preocupação de vocês. Eu não sou perfeito, mas nada que faço é motivo de prisão. Peço sinceras desculpas a meu pai, minha mãe e a mãe do meu filho por terem suas casas invadidas e reviradas. Vocês não têm nada a ver com essa história e não mereciam isso”, escreveu Ret.
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‘Open Beck’
A investigação começou no fim de junho, quando o próprio rapper postou em suas redes sociais fotos e vídeos de uma festa no Vivo Rio.
No evento, chamado “Open Beck” (maconha liberada, na tradução livre), no último dia 21, Ret supostamente ofereceu maconha para os convidados.
A polícia pediu as buscas para identificar outros possíveis envolvidos: “Fornecer droga, ainda que gratuitamente, é tráfico”, diz o delegado titular da DRE, delegado Marcus Amim.
Com o material apreendido, os agentes darão continuidade ao inquérito para identificar todos os envolvidos no crime em apuração.
A casa de shows, assim como um apartamento no Flamengo, na Zona Sul do Rio, foram dois dos locais de busca pelos agentes.
Em nota, o Vivo Rio disse que “colaborou e continua colaborando com todo o processo de investigação para este caso”. “As imagens do circuito interno de segurança da casa de espetáculos foram cedidas assim que foram solicitadas”, afirma a nota.
Rapper Filipe Ret foi alvo de buscas após festa ‘open maconha’
Reprodução/Instagram; Reprodução/ TV Globo

Fonte: G1 Entretenimento