Laurent Cantet, diretor francês de ‘Entre os Muros da Escola’, morre aos 63 anos

0
8


Ele foi vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes de 2008 e dirigiu outros oito longas. Segundo agente do cineasta, ele morreu ‘devido a uma doença’. O diretor francês Laurent Cantet posa em Paris em 2014
Eric Feferberg/AFP
O cineasta francês Laurent Cantet, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes de 2008 com “Entre os Muros da Escola”, morreu nesta quinta-feira (25) aos 63 anos, informou sua agente à agência France Presse. “Ele morreu esta manhã em Paris devido a uma doença”, disse Isabelle de la Patellière.
Cineasta com nove longas-metragens, Cantet trabalhava atualmente em um novo projeto, “L’apprenti”, com lançamento previsto para 2025.
Em 2012, o cineasta participou de uma obra coletiva, “7 Dias em Havana”, junto a outros seis diretores, entre eles Benicio del Toro. A produção capturou o cotidiano da capital cubana ao longo de sete episódios.
Dois anos depois voltou a Havana para filmar “Retorno a Ítaca”, um filme conjunto sobre as memórias de cinco amigos após o regresso do exílio de um deles, com Isabel Santos e Jorge Perugorría no elenco.
“Entre os Muros da Escola” se passa em um colégio de Paris e narra, com um olhar de documentário, o dia a dia de um professor de francês que leciona para adolescentes rebeldes de um bairro da periferia parisiense.
O diretor francês Laurent Cantet posa para foto após ganhar a Palma de Ouro no 61º Festival Internacional de Cinema de Cannes, em 2008
FRED DUFOUR / AFP
Outros filmes conhecidos de Laurent Cantet são “Recursos Humanos” (1999), sobre as relações trabalhistas em uma empresa francesa, e “Em Direção ao Sul”, ambientado no Haiti e filmado em 2005 com Charlotte Rampling e Karen Young.
O Festival de Cannes, cuja 77ª edição terá início no dia 14 de maio, descreveu o cineasta como um “humanista feroz, que buscou a luz apesar da violência social, que encontrou esperança apesar da dureza da realidade”.
Segundo a organização do evento, ele foi um diretor e roteirista “cujo trabalho coerente e humanista desenha um cinema sensível, à flor da pele e à margem da sociedade”, acrescentou a declaração.

Fonte: G1 Entretenimento