Militar suspeito de matar soldado da Paraíba em briga de bar está afastado e recebe assistência psicológica, diz PM

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Caso é investigado pela Polícia Civil, que ouviu nove testemunhas ao longo da semana. Uma investigação interna foi aberta pela corregedoria da PM do Tocantins. Soldado Eltas Max Barbosa da Nobrega, da Polícia Militar de Paraíba, foi morto em briga de bar
Reprodução/Redes sociais
O policial militar Antônio Ezequiel de Souza Santos está afastado das funções. A informação foi confirmada pela Polícia Militar do Tocantins (PMTO) na quinta-feira (18). Ele é o suspeito de atirar e matar o soldado Eltas Max Barbosa da Nobrega, da PM da Paraíba, de 33 anos.

A confusão que terminou com a morte de Eltas Max Barbosa aconteceu em um bar localizado na região sul de Palmas, na madrugada de segunda-feira (15). O corpo dele foi velado e sepultado em João Pessoa (PB).

Segundo a PMTO, Ezequiel está afastado desde o ocorrido, na segunda-feira (15). A corporação também informou que a investigação interna aberta, por meio da Corregedoria da instituição, “está em fase inicial de instrução”.
A PMTO informou ainda que acompanhou e forneceu informações preliminares à Polícia Civil. Além disso, mencionou que “foram adotadas medidas iniciais para garantir o bem-estar físico e mental do soldado Ezequiel” como “apoio imediato, avaliação médica e assistência psicológica”, finaliza.
Antônio Ezequiel também é soldado e recebe cerca de R$ 6 mil, segundo levantamento do portal da transparência do Tocantins. Ele se apresentou na delegacia na manhã seguinte ao crime, onde foi ouvido e liberado para responder em liberdade. A defesa dele afirmou que o tiro foi disparado em legítima defesa após uma agressão sofrida. (Veja nota completa abaixo)
A Polícia Civil ouviu, até quinta-feira (18), nove testemunhas do caso. Seguranças, policiais e um profissional da educação estão entre as testemunhas. A 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Palmas é responsável pela investigação e também requisitou os vídeos do sistema de vigilância e perícia no local do crime, que ajudarão na investigação.
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Entenda
Um policial militar da Paraíba foi baleado em bar na madrugada desta segunda-feira (15), em Palmas. De acordo com o Boletim de Ocorrência, testemunhas disseram que houve uma confusão e em seguida os tiros foram disparados.
A Polícia Militar (PM) foi chamada por volta de 3h30 para atender a ocorrência. Quando chegaram ao bar, a vítima, de 33 anos, já havia sido socorrida por amigos e levada para o Hospital Geral de Palmas.
De acordo com a PM, o estado de saúde dele é estável e foi designado uma equipe de saúde para acompanhar o quadro dele. A PM informou que a vítima não está matriculada em nenhum curso ou atividade a ser desenvolvida pela instituição.
O suspeito se apresentou espontaneamente na Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos cabíveis. Por não se tratar de crime militar, o caso será investigado na esfera civil. Também foram adotadas medidas preliminares para apuração interna do ocorrido por parte da Polícia Militar.
O que diz a defesa de Antônio Ezequiel
Antes de debater o tema, por princípio de lealdade funcional, destaco a profunda melancolia e tristeza que contorna à situação.
No mais, O Soldado Antônio Ezequiel de Souza Santos, efetuou disparo para proteger sua própria vida, e ao saber que os Homens que o atacaram inicialmente, dando murro em sua cara, e que estavam, inclusive, armados, eram Policiais Militares da Paraíba (BOPE) à paisana, lhe deixou atônito e angustiado pois mesmo agindo para legitimar sua vida, jamais imaginou que seus agressores, eram, na verdade, Policiais Militares de outro Estado da Federação.
Agiu em cumprimento natural e regular do direito de sobreviver em meio à uma investida agressiva e injusta.
Por fim, apresentou-se por livre manifestação de vontade, tendo em vista o contexto e as circunstâncias específicas do ocorrido. Está à disposição das Autoridades.
Matheus Freire N. Madeira
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Fonte: G1 Tocantins